Energia de competidores está ficando mais barata

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Energia de competidores está ficando mais barata

Seminário Energia Competitiva acontece nesta terça-feira (28), no auditório da Fieb, das 8h30 às 17h30.

Enquanto a indústria de base brasileira, que produz matéria-prima para atender outras atividades, enfrenta um cenário de aumento nos custos de produção, os concorrentes internacionais veem o custo energético cair, compara o presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Pedrosa.
“A energia está melhorando a vida dos nossos competidores, mas aqui o fornecimento do insumo vem se tornando cada vez mais motivo para preocupação e deixando de ser uma diferença ao nosso favor”, destaca Pedrosa. Segundo ele, este é um problema geral na indústria brasileira. Mas além desta questão mais ampla, acrescenta ele, existem questões particulares que são bastante intensas. É o caso da indústria eletrointensiva.
“Nós temos acompanhado a situação da indústria nordestina com bastante preocupação. O fator positivo a se destacar é que houve a abertura de diálogo, o que é uma condição muito importante”, afirma, lembrando que o governo precisa chegar a uma decisão em um espaço de tempo curto. “Nós esperamos que a solução que está sendo desenhada atenda o Nordeste”, diz ele, referindo-se ao fundo que está sendo pensado pelo governo federal para atender o segmento industrial.
Para o diretor da CCNE - Chiarini Consultoria Negócios Energia, Eduardo Chiarini, existem razões econômicas e técnicas que justificam a cobrança de um preço razoável pelo consumo de energia por parte da indústria. Ele lembra que o consumo industrial é de natureza diferente do consumo residencial.
“A indústria tem um consumo constante, sem oscilações ou picos de consumo, como acontece nas residências. Nós chegamos do trabalho à noite, ligamos a tevê, o ar-condicionado de casa e o chuveiro elétrico para um banho quente. A grande indústria não trabalha com um pico de consumo”, diz. Com isso, o custo de fornecimento seria menor, explica. Outra razão está relacionada à infraestrutura, que exige mais nas residências.
Governo deve apresentar MP que cria fundo no início de maio
Apontado pelo governo federal como a solução para o problema da indústria eletrointensiva no Nordeste do Brasil, o fundo de investimentos que está sendo estruturado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) prevê um aporte de recursos de 49% público, por meio da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), e de 51% com recursos do setor privado.
Em encontro com parlamentares no Congresso Nacional há alguns dias, o ministro Eduardo Braga disse que o governo está comprometido a encontrar uma solução para as empresas antes do encerramento dos contratos. Segundo as informações passadas pelo ministro aos parlamentares e confirmadas pela assessoria de imprensa do MME, a expectativa é de que o fundo receba aportes de R$ 20 bilhões.
De acordo com as declarações do ministro, a expectativa do MME é a enviar uma medida provisória ao Congresso Nacional na primeira quinzena de maio. Pelo projeto, o atual contrato com a Chesf continuaria em vigor até que os novos projetos de geração de energia, que serão construídos com recursos do fundo, comecem a injetar energia nova no sistema elétrico, uma exigência do governo às empresas.


Fonte:Correio da Bahia

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