No entanto, há economistas que esperam um cenário pior com a previsão de que a economia brasileira encolha até 2% em 2015
A economia brasileira cresceu 0,36% em fevereiro pelas contas do Banco Central. O número veio muito acima das expectativas dos economistas do mercado financeiro, que eram de uma retração de 0,2% do IBC-Br, o índice de crescimento criado pela autarquia para tentar antecipar mensalmente o comportamento do Produto Interno Bruto (que é a soma de todas as riquezas produzidas no país).
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Economia brasileira cresce 0,36% em fevereiro e supera expectativas (Foto: EBC) |
A economia brasileira cresceu 0,36% em fevereiro pelas contas do Banco Central. O número veio muito acima das expectativas dos economistas do mercado financeiro, que eram de uma retração de 0,2% do IBC-Br, o índice de crescimento criado pela autarquia para tentar antecipar mensalmente o comportamento do Produto Interno Bruto (que é a soma de todas as riquezas produzidas no país).
A surpresa positiva no mês pode amenizar a trajetória de queda das expectativas de recessão neste ano. O diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros, chegou a divulgar um comunicado para explicar a surpresa para os clientes da instituição como um reflexo da mudança do cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), feita pelo IBGE.
Pouco tempo depois, publicou um novo texto para corrigir a informação, afirmando que o BC não mudou metodologia. Mesmo assim, o Bradesco manteve a projeção de um trimestre ruim para a economia. “De qualquer forma, o resultado não altera nossa expectativa de retração do PIB no primeiro trimestre”.
De acordo com a pesquisa semanal que o BC faz com analistas do mercado financeiro, a recessão deve ser de 1,01% este ano. No entanto, há economistas que esperam um cenário muito pior com a previsão de que a economia brasileira encolha até 2% em 2015. Até agora, o IBC-Br mostra que a atividade retraiu 1,1% nos dois primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período do ano passado.
Em 12 meses, a queda é de 0,6%. O pessimismo do mercado financeiro em relação ao IBC-Br foi reforçado após o IBGE divulgar, terça-feira, que o comércio teve o pior desempenho dos últimos 12 anos. As vendas no varejo fecharam em baixa frente a janeiro, com resultado negativo de 0,1% em volume.
E na comparação com fevereiro de 2014, o resultado foi ainda mais fraco, com retração de 3,1%. Essa queda é explicada por fatores conjunturais: a renda das famílias está mais apertada porque a inflação alta engoliu parte dela, os juros estão em alta e os bancos estão mais cautelosos para emprestar numa expectativa de alta do desemprego.
Além disso, o preço da gasolina em alta aumentou os custos das empresas. O dado do varejo é um dos itens que compõem o IBC-Br, que é um cálculo para estimar o crescimento, já que o dado oficial, calculado pelo IBGE, é mais complexo e demora a sair. O PIB do BC é mais simples e é divulgado mais rapidamente.
Fonte:Correio da Bahia
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