Picape S10 é o veículo da Chevrolet com maior longevidade na liderança do segmento no Brasil
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| A versão LTZ da S10 já traz de série rodas de liga leve, retrovisores com capa cromada, estribos laterais e rack no teto. Foto: Antônio Meira Jr. |
Há quase 20 anos no mercado, a picape S10 é o veículo da Chevrolet com maior longevidade na liderança de um segmento no Brasil. Mesmo com a renovação e a chegada de novos competidores, a picape média tem se mantido na frente. Orgulhosa do seu produto, a marca que pertence à General Motors tem investido para manter o utilitário sempre atualizado.
A geração atual chegou em março de 2012 e um ano e meio depois já teve seu motor diesel atualizado. Até então o propulsor 2.8 turbodiesel de quatro cilindros oferecia 180 cv de potência. Passou para 200 cv. Agora começa a ser oferecido um novo propulsor bicombustível.
Dessa vez não foi uma simples atualização do motor anterior, de 2.4 litros. Ele vai continuar equipando as duas versões mais baratas da picape e associado ao câmbio manual de cinco marchas. A grande novidade da linha 2015 é o 2.5 Ecotec, que tem quatro cilindros, injeção direta de combustível, duplo comando de válvulas continuamente variáveis e bloco em alumínio com camisa em ferro fundido nodular. Para completar, ele tem eixo balanceador, pistões em alumínio com pino flutuante e resfriamento por jatos de óleo, além de bomba de óleo variável, controle eletrônico da temperatura do motor e sistema de partida a frio sem tanquinho.
A injeção direta de combustível permite ao motor trabalhar com uma maior eficiência volumétrica, pois o etanol e/ou a gasolina são injetados diretamente na câmara de combustão. O duplo comando de válvulas continuamente variável, ao mesmo tempo em que muda o tempo de abertura e fechamento das válvulas, aumenta o torque e a potência conforme a necessidade do motorista.
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| A picape é fabricada em São José dos Campos, em São Paulo. Foto: Antônio Meira Jr. |
Como resultado, são entregues 197 cv de potência, a 6.300 rotações por minuto, quando abastecido com gasolina. Com etanol, a potência chega a 206 cv aos 6 mil rpm. O torque máximo, atingido sempre aos 4.400 giros, é de 26,3 kgfm com gasolina e 27,3 kgfm com etanol. Comparado com o propulsor 2.4 Flexpower, esse novo motor desenvolve 56 cv a mais com gasolina e 59 cv a mais com etanol.
O 2.5 Ecotec é associado apenas a uma transmissão manual de seis velocidades. Já a tração pode ser apenas nas rodas traseiras (4x2) ou ter a opção de tração nas quatro rodas sempre que o motorista desejar, bastando utilizar um seletor instalado no console central.
RODANDOEm uma avaliação que contemplou diversos tipos de piso, rodamos 1.848 quilômetros com uma S10 LTZ. Além de encarar o trânsito urbano de Salvador, a picape viajou até o Sudoeste do estado. Nesse trajeto, ela foi testada no asfalto, cascalho e na lama.
Nos trechos urbanos e em trechos de asfalto bom é possível notar que o novo motor desenvolve bem em baixas velocidades e é pouco ruidoso em rotações mais altas. O ponto negativo é o consumo. Na cidade, a média com gasolina foi de 7,1 km/l e na estrada, com velocidade cruzeiro de 100 km/h, conseguimos 8,7 km/l com o mesmo combustível. De acordo com a GM, a aceleração de 0 a 100 km/h com gasolina é feita em 9,5 segundos e a velocidade máxima é limitada eletronicamente a 163 km/h.
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| Na lama, a tração 4x4 funcionou muito bem. Uma das novidades para a linha 2015 é a câmera de ré, que fica acima da maçaneta. Foto: Antônio Meira Jr. |
A suspensão foi recalibrada, atendendo a um pedido dos clientes. Anteriormente, ela era macia demais em algumas situações, fator que foi atenuado. Esses ajustes, inclusive, têm reflexo nas vibrações do conjunto motriz, que ficou mais suave. A direção também está mais direta.
A unidade avaliada contava com o assistente de partida em rampas (Hill Start Assist), que não permite que o veículo recue em saídas íngremes, e o Assistente de Descida (Hill Descend Control), que controla a velocidade em descidas íngremes sem a necessidade de intervenção do motorista, proporcionando maior segurança.
Completa a relação os controles eletrônicos de tração e de estabilidade (TC e ECS) e o controle de balanço de reboque (TSC), que aciona automaticamente os freios e reduz o torque do motor, caso seja detectado alteração da trajetória de um trailer, por exemplo.
Os controles eletrônicos de tração e de estabilidade entraram em ação em alguns momentos, principalmente em trechos de cascalho. Ao menor sinal de perda de aderência, eles entravam em ação.
MERCADOCom o novo motor, a opção mais barata é a versão LT com tração 4x2, que custa R$ 87 mil. Na configuração LTZ 4x4, sai por R$ 104.300, quando o cliente opta pela cor cinza cyclone. Para as outras seis cores disponíveis há acréscimo de valor. A branco summit (sólida) custa mais R$ 500 e as demais R$ 1.450.
Mas atenção, produtores rurais e frotistas têm descontos. Para o produtor rural a versão LT custa 15% menos e a LTZ fica 10% mais barata. Para os frotistas, o desconto é de 12% para qualquer versão. Para obter o benefício é preciso procurar o setor de venda direta de uma concessionária.
Em relação às vendas, contabilizando os emplacamentos de janeiro até o dia 15 deste mês, foram comercializadas 48.888 unidades da S10. A segunda posição é da Toyota Hilux (40.916), seguida pela Ford Ranger (22.987), Mitsubishi L200 (19.460), Volkswagen Amarok (16.955) e Nissan Frontier (11.218).
Das concorrentes, apenas a Amarok e a Frontier não oferecem motorização bicombustível, apenas diesel.
Fonte:Correio da Bahia
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