Lava Jato investigará concessão do aeroporto de Feira de Santana

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Lava Jato investigará concessão do aeroporto de Feira de Santana

Governador em exercício, Otto Alencar assina contrato com Aeroporto Feira de Santana S.A. (AFS) em junho de 2013

Em junho de 2013, a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agerba), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), assinou com a construtora UTC Participações e com a Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart) a concessão do Aeroporto de Feira de Santana.
 
No contrato de transferência de infraestrutura para a iniciativa privada estavam previstos, pelo período de 25 anos, a ampliação, administração, operação, manutenção e exploração comercial das áreas e serviços do terminal aeroportuário da segunda mais populosa cidade baiana e que leva o nome do senador João Durval Carneiro. O valor do contrato de concessão remunerada foi de R$ 50 milhões.
 
No início de setembro deste ano, após concluir as obras iniciais, bastante atrasadas conforme cronograma pré-estabelecido, o aeroporto foi reinaugurado pelo governador Jaques Wagner (PT), com direito ao início de uma nova rota da Azul Linhas Aéreas Brasileiras entre Salvador e Feira de Santana.
Informações publicadas pela Agência Estado dão conta que o acordo feito entre o Aeroporto Feira de Santana S.A. (AFS) e o governo da Bahia está na mira das novas etapas da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), que apura fraudes, desvios, corrupção e propina na Petrobras. O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo caso, já informou que há suspeitas de "crimes transcendentes" do esquema que pode ter desviado R$ 10 bilhões dos cofres públicos.
 
Isso porque, conforme reportagem do jornal Folha de S. Paulo, uma lista com 750 contratos, alvos dos negócios ilícitos do doleiro Alberto Youssef, reforçou a necessidade de apurações em outros setores de infraestrutura como o de transportes. Além do Aeroporto de Feira, a PF também botou o olho em outros quatro, como o Viracopos. Em fevereiro de 2012, o consórcio vencedor, que tem como um dos sócios o grupo UTC/Constran, venceu o leilão por R$ 3,2 bilhões.  

 
Segundo a PF, sete executivos e funcionários da empreiteira – entre eles os donos Ricardo Pessoa e João de Teive Argolo, visitaram o escritório de Yousseff, em São Paulo, entre 2011 e 2012, período em que os consórcios formados venceram as concorrências de Viracopos e do Aeroporto de Feira de Santana.
A UTC Engenharia, que presta serviço à Petrobras, ao governo federal e ao governo da Bahia, é sócia do doleiro Alberto Youssef em um hotel de Salvador. No estado, além do consórcio “Aeroportos Bahia", a empreiteira é responsável pela construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, em Maragojipe, no Recôncavo baiano. Integram o consórcio as também baianas Odebrecht e OAS e a Kawasaki. A UTC também é responsável pela construção da ponte Ilhéus – Pontal, obra do governo estadual, através do Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba).
 
Apontado pela PF como o coordenador do cartel das empresas que atuavam na Petrobras, Ricardo Pessoa está preso e teve os bens bloqueados pela Justiça.
 
Em nota à imprensa, a Agência Nacional da Aviação (Anac) informou que "as concessões foram realizadas por meio de leilões públicos, baseados em editais previamente submetidos a audiências públicas e com regras que visavam maximizar a concorrência". Como nesta segunda é feriado em Salvador por conta do dia de Nossa Senhora da Conceição da Praia, padroeira da Bahia, a reportagem não localizou ninguém da Agerba para comentar o processo licitatório.



Fonte:Bocão News

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